Eita mundo sem beira
Tudo que tem é um profundo
Nem os espelhos são só superfície
Nada permanece oculto
Nada se sustenta como conhecemos, tudo se oculta

O oco é o passo anterior ao miolo
O miolo é um olho que mira o vazio
Tudo e nada assusta
Tudo e nada assusta
Tudo e nada assusta

2 thoughts on “O insustentável perigo

  1. Derluh Dantas

    Pareceu uma parte grande de mim…

    Bela poesia… E "tudo e nada assusta"…
    Mas, tenho encontrado muito raso para meu desejo profundo… Vontade de conhecer essa parte do mundo!

    Meu blog: http://decajuh.blogspot.com/

    Ah… Belas palavras, lindo texto e maravilhosas configurações! Ao pouco que conheci, admito!

  2. Isabella

    Tudo e nada assusta, não há dúvida! Culpa, talvez, de um desejo descompromissado de querer 8 ou 80 (rs) mas no fundo se contentar com 40…
    Mal, quem sabe, de uma profundidade que não vai além de dois palmos (?) Às vezes me pergunto se há, de fato, profundidade? Se embaixo da derme, não há apenas gordura, e após a morte apenas vermes?
    E há, ainda assim, esses surtos esporádicos de afogamentos em nossos eus tão rasos…

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