Esperar é como toda semente:
É preciso viver o tempo da espera… secar o miolo, se desprender das cascas,
se deixar no quentume – Daquela, do sol… dessa, do peito – e lançar-se
(não se chega a lugar nascente sem a queda).
Se deixar envolver, sem impacto, pelo que se esperou e aceitar o abraço
e o envolver nas entranhas e então o umedecer. – Daquela, da chuva… dessa, das lágrimas.
Nutrir-se, mutuamente, num querer precisar do outro, num deixar e receber… “pela LEI NATURAL dos encontros”.
E por ser natural é inevitável e necesária essa espera de novamente se encontar.
Que metáfora digna de receber o nome de POÉTICA!