O risco do viver

Os nossos pés estão sobre os nossos próprios jugos.
Você caminha, pisando sobre uma terra movediça. Ao mesmo tempo que traz um chão, não te deixa segura se poderá permanecer ali, e tateia em circulo, atrás de uma realidade sólida. 
Os meus, são pés de Dédalo, que me permitem o risco de viver, o mais bonito da vida.
Corre o risco de perder o chão e ganhar o infinito de nós?
O risco de voarmos tão alto, a ponto de nos aproximarmos, por demais, do sol!?
E se as asas de cera derreterem e cairmos daquela altura, qual o problema!?
A vida já é mesmo uma queda que atravessa!
Pelo menos sentiremos o vento no rosto e experimentaremos o observar o mundo a dois, de um prisma que só os que se acreditam juntos, podem ver.

O silêncio que não se houve

Ah, se o peito falasse a voz que os ouvidos reconhecem.
É que meu peito pulsa saudade e isso não é pouco, isso é imenso.
Quem encontra um amor, o qual o coração troque um tum por outro tum,
descobre a frequência do ser e quem está em volta, talvez nem desconfie
da grande ciranda orquestrada das nossas batidas incessantes, incansáveis,
pois é no silêncio dos olhos que gritamos o nosso GRANDE ENCONTRO.

Pra recordar

Amo você, com toda seriedade e serenidade do meu peito. Um amor que não cobra o futuro, pois vive cada segundo no durante; um amor que não sabe o lugar que ocupa, por não medir-se tamanho; um amor que é de graça, que foi comprado a brandas palavras e doces olhares; um amor cúmplice, comparsa, culpado de ser, e é…um amor, amor, como deve ser.