Ela é linda, a bailarina, e só eu sei
Que quem olhar, com os mesmos olhos que a olhei
Irá perder a inocência, e ela por fim
Terá roubado o sono de um querubim

Ela traz sonhos, quando ri, é tal e qual
E sempre olha nos meus olhos no final
E eu, anjo torto, todo dia torno a ver
Perder meus passos no seu passo de pliê

Ela dança na ponta dos sonhos
E flutua no azul dos meus olhos
Ela salta nas horas do dia
E quando ela não vem
Subo até encostar onde piso
E insisto em voar, por que não?
Só se sonha como a bailarina
Com os pés fora do chão

Ela é linda e se existe, eu não sei
Mas quem olhar, com os mesmos olhos que chorei
Irá jurar ter visto um anjo querubim
E que é real tudo que viu, até o fim

Ela traz risos aos meus lábios no final
Se por meus olhos, pelos seus, não sei por quais
Meus passos tortos vou perdendo, sem sentir
E ajoelhado, ao seu passo, vou dormir

Ela dança na ponta dos sonhos
E flutua no azul dos meus olhos
Ela salta nas horas do dia
E quando ela não vem
Subo até encostar onde piso
E insisto em voar, por que não?
Só se sonha como a bailarina
Com os pés fora do chão

6 thoughts on “A bailarina

  1. Personagem desconstruido

    Bem se vê que o moço tem asas. Ele consegue sonhar, tocar, a bailarina. Que com seus rodopios o faz fazer músicas para a caixinha. A bailarina de olhos azuis, que não precisa de dar corda, e que pula alto o bastante para colorir o olho do moço com o mesmo azul do céu. Bem se vê que o moço tem asas. Bem se vê que a bailarina o fez chorar e cantar além das caixas de tom, de todo e qual quer som que tenha cor. Azuis.

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