Hoje eu voltei, e um vazio 
Uma tristeza 
Ainda acesa 
Aquela luz 
Como que desenhando 
Os movimentos 
Fios, ponto a ponto 
Bordando o ar 
Ah, como é bonita a pintura 
Nas curvas todas, nas voltas 
Ainda aqui comigo 
Ainda aqui está na memória. 

…Que dor bagunçada no peito 
Como se eu não pudesse mais 
Como se eu não quisesse mais, me afasta. 

Agora outra luz me ultrapassa 
É aquela que eu fujo…por que agora? 
            Socorro! 
            E durmo 
            E durmo 
            E durmo 
Num canto do peito 
Talvez no fundo 
Longe das quinas…as quinas…ex-quinas. 
De novo os fios iluminam e desenham. 
Como se dançando ao som de Piaf
Se lançam na minha frente 
Numa calma peculiar, que me perturba! 
            Me ajuda 
            E jura 
            E jura 
            E jura 
Quando dobrar, não importa o lado 
Ainda será e será e será? 
Como os que fingem não poder 
Como os que fingem não querer 
Como os que fingem fingir 
Eu faço de mim, o que bem doer 
            E a dor quiçá 
            Passará 
            Passará 
            Passará? 

2 thoughts on “A-luz-sina

  1. Anônimo

    Acho lindoo,como expressa seus sentimentos,pena que es tão triste esse,calou minha alma quando li,perfeito parabéns.

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